Conheça Jundiaí, sede do Circuito das Frutas





O criador do Portal E5 Brasil, Eduardo Martellotta, viajou até Jundiaí, distante cerca de 60 km da Capital Paulista. De trem, partiu da estação da Luz, e foi até a estação que leva o nome da cidade interiorana, descendo no bairro de Vila Arens. Lá encontrou uma cidade calma, limpa, com bom comércio e grandes indústrias. Conheça abaixo a história e dados atuais de Jundiaí.

História de Jundiaí
A região de Jundiaí, até início do século XVII, era habitada exclusivamente por povos indígenas, sendo que alguns grupos viviam em clãs familiares, caracterizando-se pelo nomadismo, e outros eram sedentários, de origem tupi-guarani, que se dedicavam à produção de milho e mandioca.Eram povos guerreiros, bons caçadores e pescadores, organizavam-se em aldeias compostas por cabanas circulares feitas de tronco e cobertas de palha. Em cada uma delas, moravam várias famílias aparentadas entre si. Parte da cultura indígena foi incorporada pelos brancos colonizadores, entre elas a técnica construtiva e a utilização de queimadas na lavoura.
Os primeiros colonizadores brancos chegaram à região em 1615, seguindo o processo de interiorização. Apesar das controvérsias dos historiadores, a versão mais aceita sobre a fundação do município remete à vinda de Rafael de Oliveira e Petronilha Rodrigues Antunes que, por motivações políticas, fugiram de São Paulo e refugiaram-se nos arredores, fundando a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, que foi elevada à categoria de Vila em 14 de Dezembro de 1655. Os novos colonizadores afugentaram os grupos indígenas, que se embrenharam na mata. A origem de Jundiaí está ligada diretamente ao movimento bandeirante, principal responsável pela ocupação da antiga Capitania de São Vicente.
Em meados do século XVIII o número de escravos indígenas e de escravos de origem africana já era praticamente o mesmo, mas a partir da segunda metade deste século, a quantidade de africanos se intensificou, até que a mão-de-obra indígena foi totalmente abandonada. À medida que o número de africanos aumentava, também cresciam os focos de resistência, entretanto, há poucos registros históricos sobre a vida destes trabalhadores. Em 28 de Março de 1865 Jundiaí foi elevada à categoria de cidade.
A partir da segunda metade do século XIX a produção cafeeira ganhou força para o oeste e isso promoveu o crescimento da cidade, e junto com o café vieram a ferrovia e as indústrias. A Ferrovia Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867, época em que se observava a crise do escravismo e a conseqüente alta do preço do escravo. Neste contexto, os grandes produtores rurais passaram a buscar novos trabalhadores e teve início o amplo processo de imigração, com a participação direta do Governo Federal. Os primeiros foram os italianos, que se instalaram preferencialmente na região da Colônia, no Núcleo Barão de Jundiaí, implementado pelo então presidente da Província de São Paulo, Dr. Antônio de Queiroz Telles (Conde de Parnaíba), filho do Barão de Jundiaí.
Enquanto isso, Jundiaí ia se destacando como uma cidade estratégica no setor ferroviário, com a instalação da Ferrovia Santos-Jundiaí (em 1867), a Cia. Paulista de Estradas de Ferro (em 1872), da Cia. Ituana (em 1873), da Cia. Itatibense (em 1890) e a Cia. Bragantina (em 1891). De acordo com censo realizado pelo Governo Federal, em 1920 Jundiaí possuía uma população de 44.437 habitantes. O abastecimento de água foi implantado em 1881, a energia elétrica chegou em 1905 e o telefone em 1916. Os imigrantes de origem oriental, principalmente os japoneses, chegaram na cidade nas décadas de 20 e 30.O processo de industrialização de Jundiaí acompanhou as vias de circulação, com isso, as indústrias se concentravam nas regiões próximas à ferrovia e às margens do Rio Guapeva, atendendo principalmente os segmentos têxtil e cerâmico. Nos anos 30 e 40, ocorreu novo impulso industrial e após a inauguração da Rodovia Anhanguera, em 1948, mais empresas procuraram a cidade, aproveitando também a abertura da economia ao capital estrangeiro em 1950. Foi nesta época que vieram para o município as indústrias metalúrgicas. Por tudo isso, pode-se dizer que Jundiaí nasceu com uma forte aptidão para o trabalho e o desenvolvimento.
O nome Jundiaí é um vocábulo de origem tupi e vem da palavra “jundiá”, que significa “bagre” e “y” significa “rio”. Alguns estudiosos também consideram o termo “yundiaí” como “alagadiços de muita folhagem e galhos secos”.

Dados atuais
Atualmente, Jundiaí é a sede e maior cidade do Circuito das Frutas - consórcio intermunicipal com vocação turística e importante produção frutícola. Da área total do município, 64% é considerada área rural, 31% da qual compreende a área de tombamento da Serra do Japi. Há ótima oferta na cidade de áreas verdes, bairros tranquilos e excelentes parques municipais. Tudo com acesso facilitado à abundante e variada oferta de bens e serviços, características próprias de uma cidade de grande porte. Seu aniversário é em 14 de dezembro e o Prefeito na data desta postagem era Ary Fossen - PSDB. Em 2012 o Prefeito é Miguel Haddad - PSDB. (História e Dados: Câmara Municipal de Jundiaí).
Jundiaí é uma cidade com população estimada em 355.000 habitantes (dados de 2007). Possui uma área de 431,9 km2. Considerada uma região próspera no Estado, Jundiaí ocupa o 8º lugar no PIB.
Segundo órgãos de pesquisa do Brasil, notando o rápido e grande crescimento populacional de Jundiaí e região e pela forte influência das cidades São Paulo, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Santos, entre os anos de 2020 e 2025, Jundiaí se tornará uma metrópole estadual, ultrapassando a marca de 1.000.000 de hab. apenas na cidade, e mais de 1.000.000 de hab. em toda sua região, destacando-se o crescimento da população com a boa qualidade de vida que a cidade oferece.
Como atrações, Jundiaí conta com:
Serra do Japi
Adegas
Espaços Culturais
Parques
Museus

(Fotos: Eduardo Cedeño Martellotta).
Eduardo Cedeño Martellotta

Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Editor Geral, Redator e Repórter do Jornal do Brás (2004 a 2021). Coautor e Prefaciador de livros e antologias da Editora Matarazzo. Autor dos livros "Brás e seus Logradouros - origem e história", "Vamos falar de Jundiaí?", "Anos 90 Palmeirenses - Da Quebra do Tabu à Conquista da América" e "21 Contos nos Bairros de São Paulo". Trabalhou nas Rádios DaCidade AM e Terra AM. Criador e Editor do Portal E5 (2010 a 2024).

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