Poucos jogadores envergaram a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras com amor e fidelidade ao clube. E um desses seletos jogadores é Ademir da Guia, ou simplesmente o Divino, maior ídolo da história do clube alviverde, que em 22 de fevereiro completou 50 anos da sua estreia pelo Verdão, e no dia 3 de abril último, 70 anos de vida.
Vestindo a 10 do Palmeiras em 901 partidas, Ademir marcou 153 gols, tornando-se o terceiro maior artilheiro da história do clube, atrás de Heitor (327) e César Maluco (180). Atuou durante 16 anos pelo time esmeraldino – de 1961 a 1977, na famosa Academia. Seu primeiro jogo oficial foi no dia 22 de fevereiro de 1962, contra o Corinthians, no Pacaembu, com goleada do Verdão por 3 a 0 – ele entrou no 2º tempo. Depois, em 1984 fez as últimas exibições nos campos do CMTC Clube e do Estádio do Canindé.
Gênio nos gramados e dono de uma técnica refinada, Ademir tinha um jogo cadenciado, com muita classe – por isso herdou o apelido do pai Domingos da Guia. Formou o célebre meio-campo Dudu e Ademir. “Em toda minha carreira não fui muito de correr, tinha uma técnica como poucos”, gaba-se o Divino, em entrevista ao Jornal do Brás.
Antes de chegar a São Paulo, em 1961, o carioca da cidade do Rio de Janeiro Ademir da Guia começou a carreira no Bangu, atuando por quatro anos nas categorias infantil e juvenil, e um ano como profissional do time.
Injustiçado por Zagallo
Em 1974, conta ele, embora injustiçado pelo então técnico Zagallo na Seleção, o objetivo maior foi alcançado, ao disputar a Copa do Mundo da Alemanha, tal qual fez o pai Domingos da Guia, que jogou a Copa de 1938. O Divino Ademir jogou somente a partida que valia o terceiro lugar, contra a Polônia. “Foi muito gratificante poder merecer a convocação para aquela Copa, estar com o grupo. A possibilidade de disputar um campeonato mundial jogando, é muito melhor”. No Mundial de 1974, o Palmeiras cedeu seis jogadores para a Seleção Brasileira – ele, Luís Pereira, Leivinha, Alfredo Mostarda, Leão e César Maluco.
Anos antes, em 1965, Ademir e todo o time do Palmeiras entraram em campo representando a Seleção Brasileira na inauguração do Mineirão, contra o Uruguai. Vitória maiúscula por 3 a 0.
Ademir vê hoje muitas diferenças entre o timaço da Academia e o de Luís Felipe Scolari. “Na minha época, o Palmeiras contratava grandes jogadores. Montou uma grande equipe, cheia de craques e era mais fácil permanecer o conjunto. Atualmente o jogador não fica muito tempo no clube. Quando o técnico consegue manter uma equipe e esta joga bem, normalmente os jogadores vão para o exterior, porque não pertencem mais ao clube”, opinou o Divino.
Amigos no Operários
Ao visitar o União dos Operários, dia 1º de maio último, Ademir da Guia ficou bastante impressionado com a modernização do clube.
Ex-vereador em São Paulo, Ademir contou, também, que possui muitos amigos no União dos Operários, e que de vez em quando, o convidam para jogar (na foto, joga futebol society). Para ele, é uma grande satisfação e orgulho conviver com as pessoas deste clube do Belenzinho.
“Não me deixam bater pênalti. Dizem que o cobrador oficial é o presidente do clube, o Bira”, brinca.
No Operários, o Divino já marcou três gols. Em abril último, Ademir disputou seis partidas pelo clube. “Joguei bem, inclusive sendo eleito o melhor em campo, e ganhei um troféu. Isso foi muito surpreendente para mim, não esperava estar com esta performance”, disse o Divino, finalizando a entrevista.
Entrevista e Texto: Eduardo Cedeño Martellotta
Fotos: Milton George Thame e Eduardo Martellotta
Vestindo a 10 do Palmeiras em 901 partidas, Ademir marcou 153 gols, tornando-se o terceiro maior artilheiro da história do clube, atrás de Heitor (327) e César Maluco (180). Atuou durante 16 anos pelo time esmeraldino – de 1961 a 1977, na famosa Academia. Seu primeiro jogo oficial foi no dia 22 de fevereiro de 1962, contra o Corinthians, no Pacaembu, com goleada do Verdão por 3 a 0 – ele entrou no 2º tempo. Depois, em 1984 fez as últimas exibições nos campos do CMTC Clube e do Estádio do Canindé.
Gênio nos gramados e dono de uma técnica refinada, Ademir tinha um jogo cadenciado, com muita classe – por isso herdou o apelido do pai Domingos da Guia. Formou o célebre meio-campo Dudu e Ademir. “Em toda minha carreira não fui muito de correr, tinha uma técnica como poucos”, gaba-se o Divino, em entrevista ao Jornal do Brás.
Antes de chegar a São Paulo, em 1961, o carioca da cidade do Rio de Janeiro Ademir da Guia começou a carreira no Bangu, atuando por quatro anos nas categorias infantil e juvenil, e um ano como profissional do time.
Injustiçado por Zagallo
Em 1974, conta ele, embora injustiçado pelo então técnico Zagallo na Seleção, o objetivo maior foi alcançado, ao disputar a Copa do Mundo da Alemanha, tal qual fez o pai Domingos da Guia, que jogou a Copa de 1938. O Divino Ademir jogou somente a partida que valia o terceiro lugar, contra a Polônia. “Foi muito gratificante poder merecer a convocação para aquela Copa, estar com o grupo. A possibilidade de disputar um campeonato mundial jogando, é muito melhor”. No Mundial de 1974, o Palmeiras cedeu seis jogadores para a Seleção Brasileira – ele, Luís Pereira, Leivinha, Alfredo Mostarda, Leão e César Maluco.
Anos antes, em 1965, Ademir e todo o time do Palmeiras entraram em campo representando a Seleção Brasileira na inauguração do Mineirão, contra o Uruguai. Vitória maiúscula por 3 a 0.
Ademir vê hoje muitas diferenças entre o timaço da Academia e o de Luís Felipe Scolari. “Na minha época, o Palmeiras contratava grandes jogadores. Montou uma grande equipe, cheia de craques e era mais fácil permanecer o conjunto. Atualmente o jogador não fica muito tempo no clube. Quando o técnico consegue manter uma equipe e esta joga bem, normalmente os jogadores vão para o exterior, porque não pertencem mais ao clube”, opinou o Divino.
Amigos no Operários
Ao visitar o União dos Operários, dia 1º de maio último, Ademir da Guia ficou bastante impressionado com a modernização do clube.
Ex-vereador em São Paulo, Ademir contou, também, que possui muitos amigos no União dos Operários, e que de vez em quando, o convidam para jogar (na foto, joga futebol society). Para ele, é uma grande satisfação e orgulho conviver com as pessoas deste clube do Belenzinho.
“Não me deixam bater pênalti. Dizem que o cobrador oficial é o presidente do clube, o Bira”, brinca.
No Operários, o Divino já marcou três gols. Em abril último, Ademir disputou seis partidas pelo clube. “Joguei bem, inclusive sendo eleito o melhor em campo, e ganhei um troféu. Isso foi muito surpreendente para mim, não esperava estar com esta performance”, disse o Divino, finalizando a entrevista.
Entrevista e Texto: Eduardo Cedeño Martellotta
Fotos: Milton George Thame e Eduardo Martellotta