A triste fila da Saúde - Mário Covas Neto

Fila de espera por exames aumenta 56% em equipamentos municipais e escancara inabilidade do prefeito na administração da saúde

Quem acompanha a atual gestão municipal com o mínimo de atenção sabe que o prefeito tem habilidade zero em administrar a área da Saúde. Nos jornais, são constantes manchetes do tipo “São Paulo registra queda no número de consultas nas AMAs”, “Dentistas saem de férias e UBS não marca consulta”, “Funcionários de AMAs entram em greve” e “Fila para receber dentadura se estende”.

A lista das más notícias para a população que carece da saúde pública municipal cresceu essa semana com a divulgação do crescimento de 56% da fila para realização de exames na rede. Hoje, 347 mil pessoas aguardam atendimento para um exame, seja ele simples ou elaborado – no começo do ano passado, o número era de 223 mil cidadãos.

Em média, o tempo de espera para a realização de um exame é de cinco meses, mas há casos piores. Um ultrassom da próstata pode levar até 317 dias para ser feito. Uma reportagem do jornal Diário de S. Paulo destacou que até quando a fila é pequena, como no caso dos 28 pacientes que esperam por um ultrassom do tórax, o aguardo é longo. Neste caso, porque a prefeitura só atende um deles por dia.

No caso dos procedimentos cirúrgicos, o quadro não é melhor. O tempo para a realização de uma cirurgia ginecológica ultrapassa um ano.

O permanente quadro problemático da saúde na atual gestão torna cada vez mais lógico o veto do prefeito ao meu projeto que previa a instalação de um telefone com linha direta à Ouvidoria da Saúde nos equipamentos municipais da área.

Ao dizer que a medida acarretaria uma enxurrada de ligações diárias para essa unidade centralizada, o líder da administração municipal chegou ao ápice da sua honestidade. Só o fez da forma mais bizarra possível: atestando sua incapacidade em resolver o problema.


-- 
Assessoria de Imprensa Mario Covas Neto
Eduardo Cedeño Martellotta

Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Editor Geral, Redator e Repórter do Jornal do Brás (2004 a 2021). Coautor e Prefaciador de livros e antologias da Editora Matarazzo. Autor dos livros "Brás e seus Logradouros - origem e história", "Vamos falar de Jundiaí?", "Anos 90 Palmeirenses - Da Quebra do Tabu à Conquista da América" e "21 Contos nos Bairros de São Paulo". Trabalhou nas Rádios DaCidade AM e Terra AM. Criador e Editor do Portal E5 (2010 a 2024).

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem