Eduardo Martellotta
O Ministério da Saúde, seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde - OMS, informou que o isolamento social é a mais eficiente ferramenta de se conter o avanço do coronavírus no País.
Até a data de 15 de abril, o Brasil registrava 25.758 casos de Covid-19. Desses, o Estado de SP tinha 9.371 casos, com 695 óbitos.
O isolamento social, por meio de uma quarentena implantada pelo governo estadual no dia 24 de março, fez mudar a rotina na cidade de São Paulo, tanto de trabalhadores como de moradores, com exceção daqueles que exercem atividades essenciais (médicos, enfermeiras, veterinários, caixas de supermercado, industriais, carteiros, motoboys etc).
Loja fechada no Brás
O empresário Alex Farias, proprietário da loja Aline Lingerie no bairro do Brás disse ao Jornal do Brás e Portal E5 que iniciou o isolamento no dia 20 de março, e acha ele necessário, porém, sem "politicagem".
Alex trabalha no sistema "home office", com os pedidos no varejo. Por conta da pandemia, deu férias para três dos oito funcionários. Para ele, o governo está fazendo sua parte. "O governo federal está fazendo tudo, para ninguém passar fome".
Sem cinema, restaurante e caminhada
O morador do Brás, Helton Máximo, de 63 anos, também considera o isolamento necessário, ficando em casa, mas disse sentir falta de escolher os locais para comer, ir ao cinema e fazer sua habitual caminhada. Ele sai apenas para fazer compras. "Alguns policiais já me abordaram na rua e perguntaram se estava tudo certo comigo". Como Helton trabalha em casa criando sites, pouco mudou sua rotina, com exceção da sua outra ocupação, a de fotógrafo.
Falta de proximidade com a família
Morador do Pari, Wagner Wilson disse que sente falta do contato com as pessoas e familiares. "O ser humano não foi feito para viver isolado. Somos seres sociais". Sua rotina também nada mudou, já que Wagner sempre trabalhou remotamente.
Ele ressaltou que o isolamento serve para as pessoas refletirem. "A vida que vivíamos antes do isolamento, não era uma vida normal. Quase não tínhamos tempo para nada, e agora temos tempo de cuidar de nós mesmos, valorizar os amigos e a família. Ter as pessoas a nossa volta é muito importante".
Escrita e leitura na quarentena
Por sua vez, a escritora Hilda Milk asseverou que o isolamento social é importante, "uma vez que o vírus é contagioso e os sistemas de saúde não comportam atender tantos afetados". Ela está no grupo de risco, mas antes da pandemia, frequentava academia, da qual sente muita falta. "Os exercícios são essenciais". Hilda mora com o filho, e duas vezes por semana vai às compras. Ela e o filho almoçam juntos, veem filmes, depois ela se refugia na leitura ou escrita até a noite. Assim tem sido a rotina da escritora nesses dias difíceis, mas que segundo ela, servem para aprendermos muitas lições. "É preciso cuidar-se e cuidar de quem amamos. E por mais que estejamos sós, precisamos uns dos outros. O afastamento reflete também no modo que pensamos atualmente, nos faz pensar sobre prioridades", ponderou Hilda.
Helton Máximo, conhecido como Caçador de Trens, sente falta dos seus habituais passeios
Alex Farias mantém há 27 anos a loja Aline Lingerie no Brás
O Ministério da Saúde, seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde - OMS, informou que o isolamento social é a mais eficiente ferramenta de se conter o avanço do coronavírus no País.
Até a data de 15 de abril, o Brasil registrava 25.758 casos de Covid-19. Desses, o Estado de SP tinha 9.371 casos, com 695 óbitos.
O isolamento social, por meio de uma quarentena implantada pelo governo estadual no dia 24 de março, fez mudar a rotina na cidade de São Paulo, tanto de trabalhadores como de moradores, com exceção daqueles que exercem atividades essenciais (médicos, enfermeiras, veterinários, caixas de supermercado, industriais, carteiros, motoboys etc).
Loja fechada no Brás
O empresário Alex Farias, proprietário da loja Aline Lingerie no bairro do Brás disse ao Jornal do Brás e Portal E5 que iniciou o isolamento no dia 20 de março, e acha ele necessário, porém, sem "politicagem".
Alex trabalha no sistema "home office", com os pedidos no varejo. Por conta da pandemia, deu férias para três dos oito funcionários. Para ele, o governo está fazendo sua parte. "O governo federal está fazendo tudo, para ninguém passar fome".
Sem cinema, restaurante e caminhada
O morador do Brás, Helton Máximo, de 63 anos, também considera o isolamento necessário, ficando em casa, mas disse sentir falta de escolher os locais para comer, ir ao cinema e fazer sua habitual caminhada. Ele sai apenas para fazer compras. "Alguns policiais já me abordaram na rua e perguntaram se estava tudo certo comigo". Como Helton trabalha em casa criando sites, pouco mudou sua rotina, com exceção da sua outra ocupação, a de fotógrafo.
Falta de proximidade com a família
Morador do Pari, Wagner Wilson disse que sente falta do contato com as pessoas e familiares. "O ser humano não foi feito para viver isolado. Somos seres sociais". Sua rotina também nada mudou, já que Wagner sempre trabalhou remotamente.
Ele ressaltou que o isolamento serve para as pessoas refletirem. "A vida que vivíamos antes do isolamento, não era uma vida normal. Quase não tínhamos tempo para nada, e agora temos tempo de cuidar de nós mesmos, valorizar os amigos e a família. Ter as pessoas a nossa volta é muito importante".
Escrita e leitura na quarentena
Por sua vez, a escritora Hilda Milk asseverou que o isolamento social é importante, "uma vez que o vírus é contagioso e os sistemas de saúde não comportam atender tantos afetados". Ela está no grupo de risco, mas antes da pandemia, frequentava academia, da qual sente muita falta. "Os exercícios são essenciais". Hilda mora com o filho, e duas vezes por semana vai às compras. Ela e o filho almoçam juntos, veem filmes, depois ela se refugia na leitura ou escrita até a noite. Assim tem sido a rotina da escritora nesses dias difíceis, mas que segundo ela, servem para aprendermos muitas lições. "É preciso cuidar-se e cuidar de quem amamos. E por mais que estejamos sós, precisamos uns dos outros. O afastamento reflete também no modo que pensamos atualmente, nos faz pensar sobre prioridades", ponderou Hilda.
Helton Máximo, conhecido como Caçador de Trens, sente falta dos seus habituais passeios
Alex Farias mantém há 27 anos a loja Aline Lingerie no Brás