Impactos preocupam ainda mais durante a pandemia. De janeiro a junho deste ano, em São Paulo, foram registradas nove ocorrências nas linhas de transmissão de Furnas
Mesmo em tempo de distanciamento social provocado pelo novo coronavírus, a soltura de balões preocupa ainda neste mês de julho (não houve festas juninas este ano). A prática, apesar de inofensiva, é perigosa, considerada crime ambiental e traz inúmeros riscos para a sociedade como, por exemplo, a interrupção de fornecimento de energia elétrica. Em São Paulo, somente neste ano, foram registradas nove ocorrências envolvendo a queda de balões em linhas de transmissão de FURNAS - cinco apenas no mês passado.
"A prática criminosa pode provocar o desligamento da linha de transmissão, ocasionando a interrupção do fornecimento da energia elétrica, com prejuízos incalculáveis, já que podem afetar hospitais e outros serviços essenciais. Em tempo de pandemia da Covid-19, isso é ainda mais preocupante", alerta Ricardo Abdo, Gerente de Linhas de Transmissão de FURNAS.
Além disso, os balões podem causar queimadas e incêndios colocando em risco não apenas a operação das linhas de transmissão, mas também a vida e a segurança das pessoas. "A empresa também sofre com prejuízos para realizações de reparos e manutenções, recursos que poderiam ser destinados para novos investimentos", acrescenta.
Os técnicos de FURNAS são prontamente mobilizados para realizar as devidas manutenções quando um balão atinge os ativos da empresa. O tempo para recompor o sistema elétrico depende de uma série de fatores. Um deles é o acesso ao local da ocorrência, muitas vezes em regiões remotas e de difícil acesso, outro pode ser o horário (à noite ou madrugada), o que dificulta ainda mais o pronto atendimento.
Soltar balão no Brasil é crime previsto no Código Penal, com previsão de pena que varia entre seis meses e 12 anos de detenção (art.261).
Fonte: CDN Comunicação