Colorado faz 45 anos e torce por Vacina

Por Eduardo Martellotta 


 














Fundado em 1° de outubro de 1975, a partir de uma reunião entre amigos, na rua Rio Bonito esquina com a Almirante Barroso, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Colorado do Brás herdou o nome de um time de futebol do qual seus fundadores participavam. 

O objetivo da fundação, ocorrida entre o Sr. José Preto, D. Martha de Oliveira, Percival Maricato, Tino e Tuia, em conjunto com diversos moradores do bairro, era divulgar a cultura popular brasileira e desenvolver projetos sociais para atender a comunidade mais carente da região. 

Hoje aos 45 anos, sem quadra e com sede alugada na rua Itaqui, 141, a Colorado do Brás pertence ao Grupo Especial e não irá desfilar no dia 12 de fevereiro de 2021, por conta da pandemia do Coronavírus. Os desfiles foram adiados para o mês de maio do ano que vem. 

Até lá, a escola vai se preparando, em meio à pandemia, para o enredo escolhido: “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé”, que irá fazer uma homenagem à saudosa escritora e poetisa Carolina Maria de Jesus, que morou no bairro. A torcida na escola agora é para o surgimento da vacina contra a Covid-19. 


























Um pouco da história 

A Colorado sempre lutou para manter e ampliar os projetos sociais que desenvolvia para a comunidade, como o projeto Kinderê, que formou profissionais em várias áreas de trabalho. 

Após conquistar três Acessos seguidos, a escola chegou em 1986, ao Grupo Especial. O samba de 1988, “Catopés do Milho Verde – de Escravo a Rei da Festa”, é até hoje considerado um dos melhores da história do Carnaval de São Paulo. 

Em 1991, a agremiação conquistou um espaço social localizado na avenida Carlos de Campos, 840, no bairro do Pari. Essa vitória impulsionou os trabalhos e a Escola retornou ao Grupo Especial por mais dois anos (1992 e 1993). 
No final da década de 90, a história de sucesso da escola deve um declínio, reflexo de sucessivas administrações conturbadas que levaram ao encerramento dos projetos sociais e a perda da quadra, pela então prefeita Marta Suplicy, em 2003. 

Depois de 10 anos, a Colorado voltou a figurar entre as principais escolas de sambas de São Paulo, retornando ao Grupo de Acesso. 

No Carnaval de 2018, a escola alcançou o vice-campeonato no Grupo de Acesso. O excelente resultado obtido permitiu à Colorado do Brás o retorno ao Grupo Especial em 2019 após 25 anos. 

















 
 

 





 

Eduardo Cedeño Martellotta

Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Editor Geral, Redator e Repórter do Jornal do Brás (2004 a 2021). Coautor e Prefaciador de livros e antologias da Editora Matarazzo. Autor dos livros "Brás e seus Logradouros - origem e história", "Vamos falar de Jundiaí?", "Anos 90 Palmeirenses - Da Quebra do Tabu à Conquista da América" e "21 Contos nos Bairros de São Paulo". Trabalhou nas Rádios DaCidade AM e Terra AM. Criador e Editor do Portal E5 (2010 a 2024).

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