PIX muda relações de consumo

 

POR THIAGO MASSICANO

Época de evolução e um mundo cada vez mais tecnológico, eis que surge uma nova modalidade de forma de transações financeiras, o PIX, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e que promete revolucionar o mercado de consumo. Trata-se de uma ferramenta financeira que cumpre integralmente a substituição do papel moeda e cartões de débito.

Nos dias de hoje, para ocorrer uma compra e venda de um determinado produto, o lojista aceita o recebimento em espécie ou em maquinas de cartões. Na primeira hipótese, normalmente falta o troco em dinheiro, dificultando assim a negociação e muitas vezes a concretização do negócio. Quando isso ocorre, é comum ouvirmos “você não quer passar no cartão”?

Isso porque, para o lojista, é mais fácil e para o consumidor é mais prático. No entanto, isso gera custo e demora efetiva ao proprietário do estabelecimento, que vê o seu lucro ser descontado de uma operação do cartão e quando, na maioria das vezes, precisa daquele valor para seu capital de giro, tem mais descontos, onerando a cadeia produtiva. Para o consumidor, indiretamente é prejudicial, pois encarece o produto que, em tese, poderia estar mais em conta com o pagamento à vista.

No entanto, ter valores na carteira, ou mesmo uma determinada quantia, se torna cada vez mais raro, o que prejudica muito o mercado.

Imagina que você está em uma loja e se interessa por um determinado produto com um valor considerável. Ninguém vai ao caixa sacar esse valor. O lojista aceita aquela quantia somente à vista e, se passar no débito, o valor aumenta. O que faz o consumidor? Desiste da compra.

Agora, com o novo formato aprovado para todas as instituições financeiras que operam no Brasil, o PIX veio revolucionar a forma como conhecemos do câmbio e de compra e venda. Basta o consumidor e o lojista terem um cadastro em seu banco com o código-chave para que, com um simples QR Code a leitura do smartphone realize a operação financeira independentemente da hora e dia.

Ou seja, qualquer empresa poderá vender seus produtos em feriado, madrugada, domingos, sem a necessidade de ter que pagar taxas para as máquinas de cartões e, além disso, realizar operação financeira com o seu cliente, recebendo o valor à vista, diretamente na sua conta corrente.

Para o cliente, ou consumidor, a vantagem é ter na palma da sua mão e do seu celular todo o valor disponível em conta corrente sem ter que sacar em espécie ou ter que pagar ao banco uma operação financeira, seja por DOC ou TED.

Isso, na prática, significa maior transparência nas relações comerciais, com menor custo de operação, realizando situações novas nas relações de consumo que viabilizam a estrutura negocial e facilidade comercial.

Assim, desde novembro, basta os clientes e lojistas, fornecedores e fabricantes terem cadastro em seu banco pelo PIX gerando assim o código-chave para realizar transações, comerciais recebendo imediatamente os valores todos os dias da semana, 24 horas por dia.

*Thiago Massicano é especialista em direito empresarial e sócio-fundador da Massicano Advogados. Acompanhe outros artigos sobre Direito em www.massicano.adv.br

Eduardo Cedeño Martellotta

Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Editor Geral, Redator e Repórter do Jornal do Brás (2004 a 2021). Coautor e Prefaciador de livros e antologias da Editora Matarazzo. Autor dos livros "Brás e seus Logradouros - origem e história", "Vamos falar de Jundiaí?", "Anos 90 Palmeirenses - Da Quebra do Tabu à Conquista da América" e "21 Contos nos Bairros de São Paulo". Trabalhou nas Rádios DaCidade AM e Terra AM. Criador e Editor do Portal E5 (2010 a 2024).

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