Sífilis: Aumento de casos é comentado por infectologista

Segundo OMS, doença está em crescente no Brasil e no mundo; se não tratada, pode causar morte em bebês e problemas de saúde por toda a vida



Embora pouco comentado, o Brasil está com números de casos de sífilis cada vez maiores, de acordo com o Ministério da Saúde. Em um período de seis meses, em 2022, foram registrados 122 mil novos casos da doença. Destes, 79,5 mil foram casos de sífilis adquirida, 31 mil de gestantes e 12 mil de sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê. Já os dados divulgados em outubro de 2023 mostraram que, de 2021 para 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis adquirida por 100 mil habitantes cresceu 23%. Porém, como poucas pessoas se testam, ainda há muita subnotificação de casos da doença.

Longe de ser uma doença da atualidade, a sífilis, cujo agente causador é a bactéria espiroqueta Trepanoma pallidum, é conhecida desde o início do século 20. Pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto. Infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker ressalta que, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, cerca de 60% dos brasileiros com mais de 18 anos afirmam não usar preservativo nas relações sexuais. “Esse descuido pode acarretar no aumento de outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV/AIDS, HPV, gonorreia, herpes genital, clamídia, tricomoníase e as hepatites B e C”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, a sífilis é altamente transmissível e o risco de contágio chega a 90%, por relação sexual. Contudo, nem sempre é sintomática, mas se espalha com rapidez. Até 2030, 14 doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade social, entre elas a sífilis, estão na meta de controle ou eliminação pelo governo federal; em especial, a sífilis congênita.


Sintomas, tratamento e prevenção

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, a sífilis inicialmente aparece entre a 2ª e a 3ª semana após a relação sexual desprotegida com a pessoa infectada, geralmente como uma pequena ferida indolor nos órgãos sexuais, que pode estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. 

O tratamento com antibiótico é a forma mais eficaz de combater a bactéria causadora da doença e a parceria sexual deve ser avaliada em relação a necessidade de tratamento também. Para garantir o tratamento precoce da sífilis de modo a impedir a transmissão ao bebê, a gestante deve ser testada em três momentos: no primeiro e no terceiro trimestre e no momento do parto. A gestante com sífilis que foi tratada deve realizar controle mensal de cura. 

“Se não tratada, a sífilis progride, pode comprometer órgãos vitais como cérebro e coração e até mesmo levar à morte. Além disso, o uso correto e regular da camisinha interna ou externa é a medida mais importante de prevenção da sífilis”, finaliza Dra Michelle. 


Sobre o Grupo São Cristóvão Saúde

Administrado pela Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, o Grupo São Cristóvão Saúde possui 10 Unidades de Negócio, que englobam: Hospital e Maternidade, Plano de Saúde, Centros Ambulatoriais, Centro Cardiológico, Centro Laboratorial (CLAV), Centro Endogástrico (CEGAV), Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS I e II), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP Dona Cica) e Filantropia. Referência em saúde, na cidade de São Paulo, a Instituição completou 112 anos em dezembro de 2023. O Grupo promove uma grande modernização e expansão em sua estrutura física e tecnológica, investindo em equipamentos, certificações e profissionais qualificados. Atualmente, o complexo hospitalar conta com 309 leitos, além de oito Centros Ambulatoriais, que realizam milhares de consultas, proporcionando qualidade assistencial às mais de 160 mil vidas do Plano de Saúde e 23 mil vidas do Plano Odontológico.

O Grupo São Cristóvão Saúde tem como Presidente/ CEO o Engº Valdir Pereira Ventura, responsável pelas Unidades de Negócio e, desde 2007, atuando à frente das decisões Institucionais.
 

Fonte: PR Consulting Global

Eduardo Cedeño Martellotta

Jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Editor Geral, Redator e Repórter do Jornal do Brás (2004 a 2021). Coautor e Prefaciador de livros e antologias da Editora Matarazzo. Autor dos livros "Brás e seus Logradouros - origem e história", "Vamos falar de Jundiaí?", "Anos 90 Palmeirenses - Da Quebra do Tabu à Conquista da América" e "21 Contos nos Bairros de São Paulo". Trabalhou nas Rádios DaCidade AM e Terra AM. Criador e Editor do Portal E5 (2010 a 2024).

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